Você já se fez essa pergunta? Já parou para refletir sobre o assunto? Outro dia me peguei tentando responder essa questão e foi interessante pra mim perceber que, até como turista, nós amadurecemos.
A palavra amadurecimento pode soar um pouco estranha, mas é isso mesmo. Assim como amadurecemos como pessoas, como profissionais, nos relacionamentos pessoais, enfim, na vida, também amadurecemos como cidadãos do mundo. E da mesma maneira que acontece na vida, esse amadurecimento só vem com o tempo e com as experiências vividas. E são essas experiências que ajudam pouco a pouco lapidar o que de fato nos traz prazer, paz, realização, felicidade, superação, curtição e qualquer outro sentimento bom e positivo que você consiga enumerar aqui.
Praia da Barra - RJ - Brasil |
Pensando nisso, resolvi escrever um pouco a respeito da minha experiência nesse processo. Abaixo, texto adaptado/comentado do blog: http://jeguiando.com/2010/10/20/tipo-de-viajante/
O praieiro: O viajante praieiro é aquele que, assim como já antecipa o nome do seu perfil, se interessa por qualquer destino que envolva praias! Seu perfil é o da pouca roupa, mala levinha, despreocupação, muito sol, muitos banhos de mar, chinelo no pé e água de coco na mão. O viajante praieiro gosta do clima descontraído das praias e da sensação de estar em férias. Seu negócio é brisa e caipirinha com peixe frito!
- Com certeza não é o meu perfil predominante. Já fiquei aaaaanos sem ir à praia, embora eu curta pra caramba sol, areia, mar, camarão, caipirinha....
Gulash Tcheco - diferente do Húngaro que é servido como sopa |
- Acho que no fundo todos somos gastronômicos. Numa viagem você pode até não ir num Museu, por exemplo, mas com certeza vai precisar comer em algum momento, nem que seja um fast-food (quando a grana é curta, estes salvam!). Me agrada muito a possibilidade de conhecer e experimentar novos sabores (confesso que as vezes falta coragem e estômago), mas gosto da comida de rua, de pratos típicos, temperos diversos....boa parte do meu perfil passa por aqui.
O pé no mato: É aquele que se interessa por viagens que envolvam contato com a natureza e esportes de aventura: arvorismo, rafting, trekking, trilhas, acampamentos, etc. Este viajante não se incomoda em brigar com mosquitos, se sujar de lama, se molhar, não ter banheiro, nem conforto. Seu negócio é aproveitar ao máximo o contato com o que o cerca e dar um tempo da correria cotidiana.
- Talvez esse seja o perfil que eu mais me identifique, prefiro sempre atividades out-door ante as indoor. Gosto de mato sim, trilhas, montanhas, neve, cachoeiras, vulcões, lagos, desertos..... a natureza é o meu templo.
O cult: Museus, teatros, festivais de cinema, shows temáticos, livrarias, sebos, etc. Todos estes itens são atrativos para o viajante cult. Ele viaja com uma programação básica de conhecer os museus da cidade; assistir no mínimo a uma peça teatral ou alguma apresentação de dança ou musical; conhecer livrarias, etc. Para este viajante, o importante é banhar-se de várias experiências culturais.
Aquele momento Cult - Museu Britânico - Londres |
- Avance para o próximo perfil....
O histórico: Este viajante se confunde um pouco com o viajante cult, porque também aprecia os museus. É um viajante com interesse na memória das cidades que visita. Além de museus, gosta de visitar monumentos, igrejas, projetos arquitetônicos antigos, ruínas, ver fotos antigas do lugar, etc. Seu negócio mesmo é viajar no tempo, conhecer a fundo a trajetória da cidade que visita, os costumes, as lendas, os símbolos identitários.
- Esse perfil também se encaixa no meu mosaico. Com algumas ressalvas, como em qualquer outro perfil viajante. Não sou fissurada em museus mas tenho meus momentos “cult” sim. Adoro visitar igrejas (me recuso a pagar para visitá-las e isso já foi mencionado em um post anterior), museus me agradam mais os de ciência e tecnologia do que os de arte, e ícones arquitetônicos antigos e cheios de história e significado, de fato me encantam. Um salve para cultura Inca.
Macchu Picchu - Peru |
O comprinhas: É aquele que, como mesmo o nome diz, viaja para fazer COMPRAS! Na hora do embarque, leva duas malas. Uma de roupas e uma vazia. Se faz viagens para dentro do país, trazartesanatos, roupas, bebidas, comidinhas e tudo que ache pelo caminho e considere interessante ou exótico. O viajante comprinhas, quando sai do país, chega 4 horas antes do embarque, para passar pelo menos duas no Free Shop. Nova York é seu sonho de consumo, literalmente. Há o viajante comprinhas old school também, que lembra dos tempos áureos do Paraguai, quando viajava para comprar eletrônicos, perfumes importados e tênis da Nike para a sobrinhada.
- Não que eu não goste de fazer compras, que mulher não gosta né? Mas não, Miami e NY não estão na minha bucket-list (lista dos desejos). Me classifico como “o comprinhas” de ocasião, aquela passadinha no free shop e lojinhas pega-turista faço questão! :D
- Siiiiiim!!! Balada é meu segundo nome! Tenho que admitir que me surpreendi quando me dei conta que o perfil baladeiro é bem forte em mim (quem diria!). Já fui pro Carnaval em Caldas Novas e Chapada dos Guimarães e na minha lista está assistir ao desfile das escolas de samba e curtir alguns dos blocos de carnaval no Rio de Janeiro. Já fui pra Oktoberfest de Blumenau e a de Munique está na minha mira. Festa Pomerana em Pomerode também já foi pra conta. Caí de paraquedas no Inti Raymi (festival religioso que acontece em Cusco e marca o solstício de inverno), Festa de São João em Campina Grande e Caruaru que me aguardem pois que lhes farei uma visita. E acreditem se quiser, até pro Rock in Rio eu fui! lol
O etílico: Vinhos, cervejas, champanhes, tequilas, cachaças. Quer deixar um viajante etílico feliz? Ofereça a ele visitas a adegas, vinícolas, alambiques, fábricas artesanais de cerveja, etc. O viajante etílico sempre está pronto para experimentar. Hoje, muitas cidades estão apostando neste tipo de viajante e oferecendo inclusive passeios que envolvam experiências gastronômicas e harmonizações.
- Nesse perfil também me encaixo. Assim como no gastronômico, a possibilidade de provar novos sabores é sempre interessante. Já tive boas experiências nessas minhas andanças, algumas vinícolas no Chile, cervejarias na Bélgica e na Alemanha e até bebidas mais artesanais, como o Canelazo no Equador e famosos drinks como o Pisco Sour no Peru e, porque não, a nossa brasileiríssima e deliciosa Caipirinha.
O eu-não-quero-ter-trabalho: O viajante eu-não-quero-ter-trabalho é aquele que comumente opta por procurar operadoras de turismo, agências de viagem, clube de férias. Seu negócio é viajar, mas para isso prefere já contratar todos os serviços antes. Prefere excursões e roteiros prontos, para não ter trabalho. Cruzeiros e resorts também o apetecem, principalmente os que ofereçam serviços all inclusive, que os deixam levemente despreocupados.
- Acho que esse é um perfil que ainda não vivenciei. Talvez porque na minha cabeça o eu-não-quero-ter-trabalho seja sinônimo de eu-quero-pagar-caro. Nunca fiz um Cruzeiro ou me hospedei em Resorts all inclusive e, tão pouco viajei de excursão. Mas quando eu for pro all inclusive no Tahiti (e eu vou!!!), eu conto pra vocês como foi a experiência. 😝
Hoje posso dizer que já me vi em mais de uma categoria e, categorias que eram predominantes ontem, podem não mais ser hoje. Você se identificar mais com uma em detrimento de outra não exclui as inúmeras possibilidades em categorias que não são tão a sua cara assim. O importante é o nosso autoconhecimento e o discernimento para entender as necessidades latentes em cada momento da sua vida.
Faltou a categoria que você mais se identifica? Comente! 😊