quinta-feira, 23 de março de 2017

#PARTIUATACAMA


 
Você já deu uma olhadinha no post anterior? Não?! Volta lá que ainda dá tempo! Foi um post bem bacana de escrever pois eu estava justamente envolvida com a preparação da minha bagagem para o Deserto do Atacama –  que é o assunto deste e dos próximos posts.
Se você é daquele grupo de pessoas que quando alguém diz - “vou viajar para o deserto” e você se pergunta: “o que essa criatura vai fazer num lugar desses?”. A resposta é muito simples: O deserto é um lugar FASCINANTE! Confesso que me surpreendi quando algumas pessoas demonstraram ter pouca ou nenhuma informação sobre o Atacama, é um lugar que já foi tema de diversos documentários, inclusive na TV aberta, fora revistas especializadas e blogs de viagem que volta e meia colocam o Deserto em evidência. Não tive dificuldades para colher informações sobre os passeios, agências, hostelscomo chegar...enfim, tudo pela rede. O Instagram também tem sido uma ferramenta ótima nas minhas buscas, a agência que contratamos, Ayllu Atacama, descobri através desse aplicativo.

Vista aérea da Cordilheira dos Andes
Deserto de Atacama está localizado no norte do Chile e é considerado o mais alto e mais árido do mundo. (Há controvérsias!) Reza a lenda que chove muito pouco na região, no entanto acho que  choveu o prometido para o ano inteiro durante a semana que passei por lá. Sim, isso mesmo, peguei chuva no deserto! É que eu chamo de ter MUITA SORTE, um evento único bem na época que você está visitando, não é para qualquer um! (risos).  Mas esse é o risco que você corre se decidir visitar esta maravilha de lugar, principalmente entre os meses de dezembro e março, período que eles chamam de inverno altiplânico. O grande problema é que chuva e deserto definitivamente não combinam. A região não tem estrutura para enfrentar chuvas muito fortes. Sem dúvida essa não é melhor época para visitar o Atacama, embora as chuvas não perdurem por longos períodos, se ela acontecer bem na época da sua viagem, pode atrapalhar bastante os passeios, pois com a chuvarada muitas estradas ficam interditadas. Foi o que aconteceu comigo e com diversos outros turistas que estiveram por lá no último mês de fevereiro.  Como ficamos 6 dias ainda tivemos a possibilidade de remarcar alguns passeios, e a agência foi muito solícita nesse quesito. Para dois passeios não tínhamos mais tempo para remarcar, a estrada de acesso havia sido interditada por conta da forte chuva do dia anterior. É a tal da situação que está fora do controle. A agência nos pediu desculpas e devolveu integralmente o valor pago pelos passeios não executados.
Lendo assim dá até pra pensar que a viagem foi um fracasso né?! Mas não foi não! Óbvio que não dá pra negar que ficamos bem chateadas por não conseguir fazer tudo o que havíamos planejado. Amei o Atacama e claro que já tenho planos de voltar, e com certeza será fora do período de chuvas. Mas como tudo na vida tem o lado bom, não fossem as chuvas, não teríamos presenciado o belíssimo cenário dos picos nevados dos vulcões da região. Podemos dizer que isso foi a cerejinha do bolo da nossa trip
Para começar essa aventura, primeiro passo é chegar em San Pedro de Atacama. Para isso você deve pegar um vôo até Calama, onde fica o aeroporto mais próximo, aprox. 100km de San Pedro. O primeiro serviço que contatei foi o da agência, por e-mail, que por fim acabou também recomendando o hostel e o transfer. Creio que mais ou menos um antes comecei seguir o Instagram da Ayllu Atacama e pude acompanhar os serviços e passeios oferecidos por eles, o que conferiu aquela confiabilidade que a gente precisa quando vai contratar um serviço assim a distância. Para fazer o nosso translado aeroporto-hostel-aeroporto contratamos os Transportes Turísticos Pampa. Estavam com a plaquinha nos aguardando no saguão do aeroporto quando chegamos e nos buscaram no hostel na hora marcada para nos levar ao aeroporto também. Perfeito! Nos hospedamos no Hostal Campo Base, albergue bem localizado, fica a uns 5 ou 10 min do centro (Rua Caracoles), caminhando. A agência me indicou 3 Albergues, pesquisei os três e optei  por aquele que considerei oferecer o melhor custo-benefício. Chamo de benefício: limpeza, café da manhã reforçado e boa localização. E o Campo Base atendeu muito bem, inclusive com alguns detalhes que até então eu não havia visto em nenhum dos albergues que me hospedei, como por exemplo shampoo, condicionador e sabonete líquido disponível nos banheiros e, nos dias que saíamos de madrugada para os passeios (antes do horário do café da manhã), eles deixavam um lanche pronto para viagem. Achei muuuito bacana! Isso tudo por USD 28,00/noite.
Uma das refeições oferecidas pela Ayllu
Sobre a agência, que contratamos, podemos dizer que foi uma agência “Nutella”. Lembra daquela máxima? Economizar de um lado para fazer extravagâncias do outro? Foi o que fizemos. Nas minhas pesquisas encontrei opções mais baratas para os mesmos passeios, porém sem o plus que a Ayllu oferece: todos os passeios tem alimentação incluída (e não é barrinha de cereal não!), eles conseguem praticamente oferecer um banquete no meio do deserto, com direito a salmão, ceviche e vinho. A pergunta que não quer calar é: como que aquelas taças não se quebram, porque boa parte das estradas são dignas de um Rallie! E mais: os carros são bons, os guias são super legais, todos falam “portunhol”, e para os turistas mais sensíveis a agência também tem um cilindro de oxigênio a disposição caso alguém sinta demais a altitude. Definitivamente não é uma agência raiz!:) Existem outras agências que oferecem o mesmo tipo de serviço, e agência é o que não falta por lá. Você pode tanto contratar quando chegar ou se antecipar. Optamos por nos antecipar, e isso nos rendeu um desconto de 30% nos passeios.  Contratamos:

Laguna Cejar + Ojos del Salar
Lagunas Altiplânicas + Piedras Rojas
Salar de Tara
Valle de la Luna + Valle de la Muerte
Tour do Vinho + Salar de Atacama
Termas de Puritama
Geiser el Tatio (passeio cancelado)
Cerro Toco (passeio cancelado)

Os dois passeios cancelados havíamos deixado para o final propositadamente, por serem os passeios de maior altitude. Assim, teríamos um período maior de adaptação e provavelmente sofreríamos menos com o mal de altitude. Outros passeios comuns por lá: Lagunas escondidas, tour astronômico, vulcão Lascar e até excursões para o salar de Uyuni é possível contratar. Mas esses ficaram para nossa próxima visita ao deserto.

Quer saber mais sobre o Atacama? Aguarde o próximo post!

Centro de San Pedro de Atacama
Centro depois da chuva



2 comentários:

  1. Yes, temos ceviche no deserto! AMEI! Me leva na sua mala da próxima vez? Prometo que não sou pesada....:p Parabéns amiga! Belo post da sua experiência no #atacama

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