sábado, 7 de janeiro de 2017

PANTANAL - PORTO JOFRE

Uma das muitas pontes de madeira da Transpantaneira
É claro que o Pantanal Mato-grossense oferece inúmeras outras opções e o que falamos até aqui é só uma pequena apresentação dessas infinitas possibilidades. Se você ainda não leu os dois últimos posts, volta lá rapidinho e confira o que falei sobre passeios para época de seca e cheia do Pantanal.
Capivaras na Transpantaneira
O Pantanal é um destino que atrai bastante turistas estrangeiros, principalmente de julho a setembro, que é o período de férias de verão no hemisfério norte. E um passeio que está sendo muito procurado atualmente é para o Porto Jofre com a promessa de ver a onça pintada em seu habitat natural. Recentemente saiu inclusive uma reportagem na revista de bordo da GOL falando sobre o assunto. Confesso, NUNCA dei de cara com uma onça. Novembro passado um amigo meu de Curitiba esteve na região e me convidou para uma excursão que ele participaria com um fotógrafo profissional de natureza. O objetivo era fotografar a onça e eles obtiveram sucesso na missão! Temos bastante feriados prolongados em 2017, quem sabe num desses pego a onça no flagra.
Rio Cuiabá - Porto Jofre
Mesmo não tendo visto o maior felino das Américas, já estive passeando pela região do Porto Jofre, que é fim da linha da Rodovia Transpantaneira. Fica a aproximadamente 250 km de Cuiabá, sendo que mais da metade do caminho não é asfaltado. Novamente era um feriadão de Corpus Christi, um amigo meu de Minas Gerais veio fazer uma visita e disse que queria pescar. Convoquei meus dois pescadores de plantão (pai e irmão) e partimos. Tivemos sorte, apesar de ainda não ter encerrado completamente a estação das chuvas, a estrada não estava ruim. De tempos em tempos passam máquinas para dar uma ajeitada na pista. E eu também havia me informado sobre as condições da estrada com o pessoal da pousada onde nos hospedamos. A viagem transcorreu tranquila.
Araraúna
Novamente nossas acomodações eram bem simples, mas o chuveiro era quente e as camas confortáveis. A pousada fica às margens do Rio Cuiabá. Chegamos na quarta-feira à noite, jantamos e logo fomos descansar, pois madrugaríamos para a pescaria no dia seguinte. Como o pessoal lá de casa gosta de pescar, temos toda a “traia” de pesca. Mas para o caso daqueles que não possuem, é possível alugar na pousada. Assim como também alugam barcos e vendem iscas. Como não há cidade perto, a pousada oferece pensão completa.  Lá foi possível experimentar o famoso caldo de piranha, peixe frito, peixe ensopado, sashimi de piranha e até carne de jacaré!
Pescadores
Na manhã seguinte, acordamos com a algazarra das araras azuis nas palmeiras em frente nosso quarto. Elas adoram comer os coquinhos dessas palmeiras e não se assustam com as pessoas, é possível chegar bem próximo e fotografar. Tomamos um café da manhã reforçado, pegamos as tralhas e seguimos rio acima. E assim foi por 3 dias. Não fomos os pescadores mais sortudos, infelizmente também há dias que o rio não está pra peixes. Mas sempre há a paisagem para admirar, muitos animais e depois muitas histórias para contar. Acho que foi nessa ida ao Pantanal que nos deparamos com a maior quantidade de insetos. Em um dos dias, ficamos pescando até o final da tarde, horário preferido dos pernilongos, e fomos atacados! Pra vocês terem uma ideia, eles picavam por cima da calça jeans! Foi tenso. Os micuins também deram o ar da graça, mesmo com meia, calça e botina, os danadinhos chegaram nas minhas canelas. Isso dá uma coceira que, quanto mais você coça, mas coceira dá! (risos). Eles ficam escondidos naquelas graminhas perto da beira do rio.
Jacaré
Outro fato marcante dessa expedição aconteceu na primeira manhã. Após o café, quando estávamos pegando as tralhas no porta-malas do carro, por descuido meu irmão que-ri-do trancou a chave do carro dentro do porta-malas. Eu precisava comentar pois é motivo de zuação até hoje. E agora, né? A cidade mais próxima estava a 150 km dali, que é Poconé, chave reserva somente em Cuiabá e quebrar um dos vidros a princípio não era uma opção, já que teríamos que voltar pra casa em estrada de terra..... pronto, acabou nossa pescaria!  Maaaaaaas, todos da pousada se solidarizaram com a nossa situação, hóspedes, funcionários, enfim, todo mundo queria achar uma forma de ajudar. E achamos. Um dos hóspedes, tinha uma técnica para arrombar, quero dizer, abrir o carro sem destruir nada. Material para o arrombamento? O que havia de sobra por lá: linha de pesca. Só sei que o cara pegou a linha, fez um laço, de modo que ficasse um alça e passou pela fresta de uma das portas. A ideia era enroscar aquela alça na alavanca que abre a porta por dentro do carro, para puxar e abrir. Não sei se vocês conseguiram visualizar o que eu descrevi, só sei que deu certo. Mas não pensem vocês que foi rápido não, foi mais de hora tentando enganchar na alavanca. Somente depois disso conseguimos seguir para nosso primeiro dia de pescaria.
Arara e eu
No domingo pela manhã iniciamos nosso retorno a Cuiabá. Como no dia da ida já era noite, aproveitamos a volta para observar os animais na beira da Transpantaneira. Fizemos pausa para o almoço naquele mesmo hotel na beira do rio Pixaim (vide post anterior) e lá tivemos a oportunidade de interagir com uma arara, que é mansa e mora por ali. Linda! Chegamos em Cuiabá no final do dia.
Curtiu? E a sua visita ao Pantanal, quando será? J

 
Pôr-do-sol no Pantanal
 


Biguá secando as asas


Portal da Transpantaneira


Zico - O jacaré do Portal

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